A constipação intestinal é uma queixa comum que afeta pessoas em todo o mundo, independentemente de idade, gênero ou estilo de vida.
Quando essa condição persiste, muitas vezes as pessoas começam a se perguntar sobre as possíveis causas subjacentes, que variam desde uma dieta desequilibrada até condições médicas mais sérias, como o câncer colorretal.
Neste texto, exploraremos a relação entre a constipação intestinal, a alimentação e as preocupações com o câncer, bem como como distinguir entre essas causas e quando procurar ajuda médica.
O que é constipação intestinal?
A constipação intestinal, também conhecida como prisão de ventre, é caracterizada pela dificuldade em evacuar as fezes de maneira regular e confortável, porque o material fecal pode se tornar duro e seco, o que torna o ato de defecar até doloroso.
Quando a pessoa produz menos do que 3 evacuações por semana, pode ser considerado um quadro de constipação intestinal.
Esse pode ser um sintoma do câncer e também pode ocorrer durante o tratamento da doença, devido à ingestão de medicamentos quimioterápicos ou cirurgias. Segundo dados do National Library of Medicine, esse problema ocorre em 60% dos pacientes oncológicos.
Entenda o processo gastrointestinal que forma as fezes
O processo de formação das fezes e a ocorrência da constipação intestinal estão intimamente relacionados ao funcionamento do sistema digestório.
O processo de formação das fezes começa com a ingestão de alimentos e líquidos. A mastigação na boca ajuda a quebrar os alimentos em pedaços menores e misturá-los com saliva, que contém enzimas digestivas.
Depois de engolidos, os alimentos passam para o estômago, onde são misturados com suco gástrico. O ácido estomacal ajuda a quebrar as proteínas e inicia a digestão.
A maior parte da digestão e absorção de nutrientes ocorre no intestino delgado. As enzimas pancreáticas e biliares ajudam na quebra dos nutrientes em moléculas menores, que podem ser absorvidas pelo revestimento do intestino delgado e enviadas para a corrente sanguínea.
Os resíduos não digeríveis e não absorvíveis passam para o intestino grosso. Aqui, a água e os eletrólitos são absorvidos, transformando o conteúdo intestinal em uma massa mais sólida. Bactérias benéficas no intestino grosso também desempenham um papel na fermentação de certos resíduos e na produção de algumas vitaminas.
O material digerido que não foi absorvido pelo intestino grosso é armazenado no reto até ser eliminado do corpo.
A constipação intestinal ocorre quando o trânsito de resíduos através do intestino grosso é mais lento do que o normal, o que pode ser ocasionado por motivos diversos.
O que causa constipação intestinal?
Embora a maioria dos casos de constipação seja causada por fatores dietéticos e de estilo de vida, em alguns casos, ela pode ser um sintoma de uma condição médica subjacente, incluindo o câncer.
Pessoas que têm câncer colorretal podem sofrer alterações em seus hábitos intestinais, manifestando diarreia ou constipação intestinal.
É importante estar ciente dos sinais de alerta que podem indicar a necessidade de avaliação médica mais aprofundada:
- Mudanças nos hábitos intestinais: se você tinha um padrão regular de evacuação e, de repente, experimenta uma mudança significativa, como constipação persistente, isso pode ser um sinal de alerta;
- Sangramento retal: qualquer sangramento retal não explicado deve ser avaliado por um profissional de saúde, pois pode ser um sintoma de câncer colorretal;
- Perda de peso inexplicada: a perda de peso não planejada e inexplicada pode ser um sinal de câncer em vários órgãos, incluindo o trato gastrointestinal;
- Dor abdominal persistente: a dor abdominal crônica e inexplicada, especialmente se acompanhada de outros sintomas, deve ser investigada;
- História familiar de câncer colorretal: se você tem parentes de primeiro grau com câncer colorretal, pode ter um risco aumentado e deve estar atento a sintomas gastrointestinais.
Outras causas associadas da constipação intestinal
A constipação pode ser causada por uma variedade de fatores, além do câncer, incluindo:
- Dieta inadequada: a falta de fibras na dieta é uma das principais causas de constipação. Uma dieta pobre em frutas, vegetais e grãos integrais pode resultar em fezes duras e difíceis de passar;
- Hidratação insuficiente: a água é essencial para o funcionamento adequado do trato digestivo. A desidratação pode levar à constipação;
- Inatividade física: o exercício regular ajuda a estimular o movimento intestinal. A falta de atividade física pode contribuir para a constipação;
- Uso excessivo de medicamentos: alguns medicamentos, como opioides e certos antidepressivos, podem causar constipação como efeito colateral;
- Estresse: o estresse crônico pode afetar negativamente o funcionamento do sistema digestório e contribuir para a constipação;
- Condições médicas: além disso, algumas condições médicas, como síndrome do intestino irritável (SII), doença de Parkinson e esclerose múltipla, podem aumentar o risco de constipação.
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Como melhorar a constipação intestinal?
A relação entre alimentação e constipação é significativa. Uma dieta rica em fibras é essencial para manter o trato digestivo saudável e prevenir a constipação. As fibras ajudam a amolecer as fezes, tornando-as mais fáceis de serem eliminadas.
Além disso, as fibras promovem o crescimento de bactérias benéficas no intestino, o que contribui para o funcionamento adequado do sistema digestório.
As fontes de fibras alimentares incluem:
- Frutas;
- Vegetais;
- Grãos integrais;
- Leguminosas.
A ingestão adequada de água também é crucial para evitar a constipação. A água amolece as fezes, tornando-as mais fáceis de passar pelo trato intestinal.
Diagnóstico e rastreamento do câncer colorretal
Se há suspeita de que a constipação seja um sintoma de câncer de cólon ou reto, exames podem ser realizados para o diagnóstico. Os métodos de rastreamento incluem:
- Colonoscopia: método invasivo, no qual é introduzido um aparelho que percorre o intestino grosso para avaliar eventuais pólipos ou tumor;
- Sangue oculto nas fezes: os testes de fezes podem identificar sangue oculto nas fezes, que pode ser um sinal de câncer.
É fundamental que as pessoas estejam cientes dos sinais de alerta e busquem avaliação médica se tiverem preocupações. O especialista que avalia essa condição é o gastroenterologista.
O diagnóstico precoce do câncer colorretal pode levar a um tratamento mais eficaz e melhores resultados. Portanto, a constipação intestinal não deve ser ignorada, especialmente se acompanhada por sintomas adicionais.
Lembre-se sempre de que a prevenção e o acompanhamento médico regular são essenciais para manter a saúde gastrointestinal.
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Tratamentos para constipação intestinal: procure o COE
Embora a constipação intestinal seja um problema de saúde comum, geralmente relacionado a fatores dietéticos e de estilo de vida, em alguns casos, pode ser um sintoma de uma condição médica mais séria, como o câncer colorretal.
Dessa forma, se o paciente está com um quadro frequente de constipação, deve procurar ajuda especializada.
O COE é um Centro de Oncologia e Doenças Autoimunes, que oferece um avançado e humanizado padrão de atendimento, para diagnosticar e tratar diversas condições médicas.
Dispõe de equipe especializada, que auxilia na investigação de variados sintomas, avalia fatores de risco (genéticos e não genéticos), realiza diagnósticos precoces e precisos, oferece tratamento adequado a cada caso e o melhor suporte ao paciente e sua família.
O COE também tem em seu quadro profissionais de medicina preventiva, que ajudam os pacientes a fazer uma mudança no estilo de vida e adotar novos hábitos, melhoria da imunidade e controle dos desequilíbrios emocionais, especialmente após o diagnóstico de um câncer ou de doenças autoimunes.
Além disso, outro importante serviço do COE é o da enfermeira navegadora, que acompanha e ajuda em toda a jornada do paciente, agendando consultas, retornos, agendamento de exames, etc, em qualquer fase da doença.
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