Artrite reumatoide: sintomas e tratamento

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Para quem tem artrite reumatoide, os sintomas estão muito ligados aos desconfortos nas articulações, especialmente nas mãos, punhos, pés e tornozelos, porém, não estão restritos a essas regiões do corpo, podendo afetar diversos outros tecidos e órgãos.

Veja neste texto, quais são os sinais e sintomas da artrite reumatoide e como é possível tratar essa doença autoimune, que atinge mais fortemente as mulheres, mas que também pode acometer os homens.

Quais sintomas da artrite reumatoide?

A artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória e crônica, que traz sintomas que podem oscilar em intensidade, caracterizando períodos de surto e remissão.

Nas doenças autoimunes, o sistema imunológico do próprio organismo ataca as suas células saudáveis por engano, porque não reconhece essas células como próprias, provocando uma inflamação crônica no organismo.

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Doença autoimune com a Dra Thaisa:

Com a inflamação crônica, a sinóvia (líquido viscoso que lubrifica as articulações) vai engrossando, devido à produção de proteínas e aumento das células relacionadas ao processo inflamatório. Assim, no caso da artrite reumatoide em específico, a doença causa predominantemente comprometimento articular.

Em geral, as áreas atingidas primeiramente são as interfalângicas proximais e metacarpofalângicas.

Artrite reumatoide: sintomas iniciais

Os primeiros sintomas de artrite reumatoide são dores e inchaços nas articulações das mãos, punhos, pés e tornozelos, podendo acometer também os ombros, cotovelos, joelhos, quadris, etc.

Em outros casos, a doença também chega de forma mais branda, podendo cursar com uma dor mais leve, rigidez pela manhã ou ao repouso, inchaço e perda de força, fazendo com que a pessoa comece a quebrar copos, deixar cair talheres das mãos devido a uma fraqueza articular.

À medida que a doença vai evoluindo, a sinóvia espessa e inflamada vai destruindo a cartilagem, tendões, ligamentos e o osso da articulação podendo cursar com deformidades permanentes nas articulações acometidas, que vão entortando.

Outros sintomas que podem estar presentes:

Sintomas consumptivos: fadiga, cansaço, perda de peso, febre;
Dormências ou formigamentos;
Nódulos reumatoides abaixo da pele, na região das mãos ou cotovelos,

Em uma parcela da pessoas atingidas pela doença, com menos de incidência, podem surgir sintomas da artrite reumatoide no coração, vasos sanguíneos, visuais, pulmonares, na pele e ossos, provocando comprometimento desses órgãos:

Coração: em casos mais raros, pode haver arritmias devido à inflamação do músculo cardíaco, além de aumentar o risco de infarto pela inflamação crônica do organismo;
Pele: além dos nódulos reumatoides, podem surgir úlceras na pele em casos raros.
Pulmão: falta de ar devido a inflamação do pulmão ou mais raramente – derrame pleural;
Ossos: fraturas ósseas por osteoporose subjacente e deformidades;
Visuais: vermelhidão, dor nos olhos e secura podem ocorrer e, inclusive, afetar a visão.

Outra possível consequência dessa patologia é a Síndrome de Felty, que causa aumento dos gânglios linfáticos e do baço, além de queda dos glóbulos brancos do sangue.

Diagnóstico e tratamento no COE

Quem está com os sintomas dessa doença, especialmente do grupo de risco, como as mulheres, pessoas que têm predisposição genética ou estão sujeitas a fatores ambientais, como tabagismo, poluição, obesidade e até o alto consumo de açúcar, devem procurar um acompanhamento médico de um reumatologista o quanto antes.

Dessa forma, caso o diagnóstico seja positivo em fases iniciais, as chances de um controle bem-sucedido dos sintomas da artrite reumatoide é bem maior, assim como a redução do risco de deformidades e disfunções articulares.

Em primeiro lugar, na consulta, o médico irá realizar uma história detalhada, para investigar, por exemplo, se os sintomas têm um padrão simétrico, que é uma característica dessa doença.

Além disso, o especialista também irá realizar um exame físico inicial e solicitar exames diversos, como os laboratoriais de sangue, para investigação de inflamação e do fator reumatoide- que apesar de não ser específico, pode auxiliar no diagnóstico em pacientes em fase inicial da doença; e os de imagem como raio-X, ultrassonografia articular e ressonância magnética, conforme necessidade.

Os exames são muito importantes para avaliação do avanço da doença e planejamento terapêutico mais adequado.

Conheça o COE para diagnosticar e tratar a artrite reumatoide e seus sintomas

O COE (Centro de Oncologia e Doenças Autoimunes) tem médicos especialistas que oferecem uma atenção muito aprofundada para o diagnóstico dessas doenças, a partir de um atendimento humanizado e com os recursos mais avançados da medicina para o tratamento dessas doenças.

Além da equipe médica especializada, o COE traz também o recurso da enfermeira navegadora, para oferecer aos pacientes e familiares o melhor suporte e uma experiência de qualidade em um momento delicado de suas vidas.

No COE, o tratamento da artrite reumatoide é sempre caso a caso, realizado a partir da gravidade, estágio e atividade da doença, e pode envolver a prescrição de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, para aliviar as dores e reduzir as inflamações; corticosteróides, como a prednisona; medicamentos imunossupressores orais ou mesmo agentes imunossupressores biológicos.

Essa última opção tem sido muito eficiente na redução dos efeitos da artrite reumatoide no organismo, especialmente reduzindo a ingestão dos anti-inflamatórios e corticoides que podem promover prejuízos subjacentes ao portador da AR, como a diabetes, osteoporose e hipertensão.

Além do remédio para artrite reumatoide, o tratamento também poderá envolver fisioterapia e terapia ocupacional para ajudar na flexibilidade das articulações.

As cirurgias também podem ser recursos de tratamento quando já houve danos, pode ser tanto uma sinovectomia ou até substituição total de cartilagens.

É importante que os pacientes entendam que a artrite reumatoide não tem cura, assim como outras doenças autoimunes. Porém, com um bom acompanhamento médico e disciplina do paciente para seguir o tratamento médico, é possível ter um controle dos sintomas, e ainda assim, continuar a ter qualidade de vida.

No entanto, é válido reforçar que as consultas e exames sejam realizados com regularidade para que o paciente continue vivendo bem mesmo com a presença permanente da doença.

Essa medida é de grande importância para que os pacientes tenham informações de qualidade sobre a doença e sobre o seu próprio estado de saúde, visto que a maioria das pessoas que recebe o diagnóstico não costumam ter nenhum conhecimento sobre a artrite reumatoide, sintomas, causas e possíveis tratamentos.

Essa falta de informação, muitas vezes, acaba estimulando que os pacientes tomem medicamentos por conta própria para alívio de dores, sem saber que podem estar comprometendo ainda mais a própria saúde.