A artrite reumatoide é uma doença autoimune e inflamatória que ataca especialmente as articulações, podendo em alguns casos afetar outros órgãos também.
Neste texto, entenda se artrite reumatoide é grave, quais são os sintomas, como suspeitar do diagnóstico e sobre as opções de tratamento disponíveis.
O que é e quais as causas da artrite reumatoide?
As doenças autoimunes são um grupo de patologias que têm como característica comum uma falha do sistema imunológico.
Assim, o sistema de defesa considera as células do próprio corpo como inimigas e passa a atacar equivocadamente a si mesmo, causando inflamação e mesmo destruição nessa área de falha de reconhecimento.
Ainda não foi definida uma causa específica para o desencadeamento de uma doença autoimune, mas no caso da artrite reumatoide, alguns fatores de risco podem ser o motivo para seu surgimento, como:
- Herança genética: combinação de genes familiares;
- Sexo: sabe-se que as mulheres têm 3 vezes mais chances de desenvolver a doença. Além disso, aparentemente a artrite reumatóide tende a se apresentar de forma mais grave no sexo feminino que no masculino;
- Tabagismo: esse é um fator ambiental bastante conhecido no desenvolvimento da artrite reumatoide e muitas vezes na gravidade e dificuldade no controle da doença;
- Saúde bucal: a periodontite e perda dentária também são reconhecidos como fatores de desencadeamento e manutenção de atividade inflamatória na artrite reumatoide.
Nesta doença, as articulações sinoviais são as áreas mais afetadas do corpo, porque há uma inflamação no revestimento interno dessas juntas, a sinóvia. As articulações mais comumente afetadas são as dos pés, mãos, tornozelos e punhos e de forma simétrica (dos dois lados do corpo).
À medida que a doença evolui, pode ocorrer o espessamento da sinóvia e destruição de cartilagens, tendões, ligamentos e mesmo do osso da articulação, gerando deformidades irreversíveis.
Pode haver ainda acometimento de cotovelos, ombros, joelhos e quadris.
Estima-se que cerca de 40% dos portadores da doença também terão outras áreas afetadas, como olhos, vasos, pele, coração e pulmão.
Artrite reumatoide: sintomas
Os sintomas da artrite reumatoide podem variar em gravidade e oscilar entre fases de piora e melhora, chegando inclusive a desaparecer eventualmente por algum período, o que é denominado remissão (atenção, não confundir com cura, já que a doença tem controle, mas não cura).
Muitas vezes, as crises são acionadas a partir de um gatilho como estresse, fatores ambientais e pausa em medicamentos. Em geral, em um surto o paciente sente:
Mais raramente, o paciente pode ter nódulos reumatoides (em mãos, cotovelos, coração e pulmão), anemia, entre outros sintomas.
Além do grande desconforto, a artrite reumatoide não tratada pode piorar muito a funcionalidade das articulações, levando a danos permanentes e incapacidades.
Por que é importante diagnosticar precocemente?
O diagnóstico precoce da artrite reumatoide é muito importante porque quanto antes o tratamento é instituído, menos as chances de complicações em outros órgãos e sequelas.
Além disso, a atividade inflamatória a longo prazo aumenta o risco de infarto e AVC (acidente vascular cerebral) nos pacientes.
Algumas vezes o atraso no diagnóstico ocorre por anos, e, neste intervalo, muitas pessoas já estão sofrendo consequências, afetando até mesmo a saúde mental do paciente, com aumento nos índices de depressão e ansiedade.
Diagnosticar precocemente pode ajudar a diminuir os impactos na vida dos pacientes e levar ao tratamento mais adequado para a doença.
A artrite reumatoide pode ser difícil de diagnosticar em seus sintomas iniciais, que podem ser confundidos com outras doenças ou causas de artrites.
A primeira medida é buscar ajuda na especialidade correta, que é a reumatologia.
Mas quem já percebeu esses sintomas articulares, deve procurar um reumatologista.
Qual exame detecta artrite reumatoide?
Além de avaliar os sintomas apresentados pelo paciente e examiná-lo, o médico reumatologista pode indicar alguns exames de sangue, que não são específicos para a doença, mas podem auxiliar no diagnóstico, a depender dos seus resultados. Por exemplo, geralmente, quem tem artrite reumatoide manifesta taxas elevadas de velocidade de hemossedimentação e de proteína C reativa.
Além disso, alguns marcadores podem auxiliar no diagnóstico, com o fator reumatoide e os anticorpos antipeptídeo citrulinado cíclico (anti-CC).
Exames de imagem, como radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética, também podem avaliar a progressão e atividade da doença.
Artrite reumatoide: tratamento
O tratamento da doença envolve o uso de medicamentos, como:
- Anti-inflamatórios não esteroides, para aliviar as dores e reduzir as inflamações;
- Corticosteróides, como a prednisona;
- Imunossupressores sintéticos, como metotrexato, leflunomida, sulfassalazina e hidroxicloroquina;
- Imunossupressores alvo-específicos, como os inibidores da Jak;
- Imunossupressores biológicos, que podem ser aplicados por meio de soro ou por via subcutânea.
Os agentes biológicos têm sido bastante eficazes para reduzir os efeitos da artrite reumatoide em casos que sua indicação é precisa. Além disso, com o bom controle da doença, é possível a diminuição do uso de analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides, que podem trazer prejuízos à saúde a longo prazo.
Fisioterapia e terapia ocupacional também estão entre os tratamentos para artrite reumatoide, porque ajudam na força e flexibilidade das articulações e auxiliam o paciente a encontrar novas maneiras de realizar tarefas cotidianas.
As cirurgias também podem ser recursos de tratamento quando já houve danos, podendo promover uma melhora estética e funcional das articulações acometidas.
Artrite reumatoide tem cura?
Não é possível falar em cura para essa doença, porém, com os muitos recursos que já existem na medicina em termos de medicação, é possível obter a remissão de sintomas para minimizar os impactos da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.
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