A mastalgia, ou dor nas mamas, é um sintoma que acomete até 70% das mulheres em algum momento da vida. Embora, na maioria dos casos, tenha origem benigna, pode interferir significativamente na qualidade de vida, limitando atividades físicas, sociais e até mesmo a rotina de trabalho.
De acordo com estudos, 85% das mulheres relatam melhora da dor após uma avaliação médica e confirmação de que não se trata de câncer. Isso reforça como a ansiedade em torno do tema também pode intensificar os sintomas. Em cerca de 15% dos casos, no entanto, a dor persiste e exige tratamento específico por impactar o bem-estar e a vida cotidiana da paciente.
Mastalgia é sempre um sinal de alerta?
Felizmente, mais de 95% dos casos de dor mamária não estão associados ao câncer de mama. Ainda assim, é essencial investigar para identificar a origem e, quando necessário, propor condutas adequadas.
Tipos de Mastalgia
A mastalgia pode ser classificada em dois tipos:
- Cíclica: relacionada ao ciclo menstrual, representa cerca de 67% dos casos. Surge geralmente no período pré-menstrual e desaparece após a menstruação.
- Não cíclica: não está associada a variações hormonais. Pode estar relacionada a traumas, inflamações, uso de certos medicamentos ou infecções (mastites).
Causas Mais Comuns
A dor mamária pode ser causada por múltiplos fatores:
- Oscilações hormonais (menstruação, gravidez, menopausa)
- Uso de anticoncepcionais hormonais ou reposição hormonal
- Características individuais: como mamas densas, sensíveis ou com alterações fibrocísticas
- Esforço muscular ou traumas
- Mastite, mais comum em mulheres que estão amamentando
- Fatores emocionais: ansiedade e estresse aumentam a percepção da dor
A mastalgia pode ser sinal de câncer?
É raro, mas deve ser considerado, especialmente quando a dor vem acompanhada de outros sinais. A dor mamária isolada raramente está ligada ao câncer, mas sinais como nódulo palpável, secreção mamilar com sangue, alterações na pele da mama (vermelhidão, feridas, retrações), assimetria ou mudança em uma das mamas merecem atenção imediata. Alterações no mamilo, como retração ou feridas, também devem ser investigadas.
Quando procurar um mastologista?
Consulte um especialista se:
- A dor persistir por mais de duas semanas
- For intensa a ponto de limitar atividades
- Houver presença de nódulo, secreção ou alteração visível na mama
- Tiver histórico familiar de câncer de mama
Como é feito o diagnóstico da mastalgia?
A avaliação médica começa por uma anamnese detalhada e exame físico das mamas, que muitas vezes já são suficientes para esclarecer a causa da dor. Durante essa conversa clínica, o médico irá investigar hábitos de vida, medicamentos em uso, histórico menstrual e reprodutivo, além de condições de saúde associadas. O exame físico avalia o tipo de dor, presença de nódulos, secreções ou outras alterações mamárias.
Quando necessário, o mastologista pode solicitar exames complementares. A mamografia é o exame de referência para rastreamento do câncer de mama e avaliação da densidade mamária, especialmente em mulheres acima dos 40 anos. A ultrassonografia das mamas é indicada para pacientes mais jovens e para avaliar alterações fibrocísticas ou diferenciar nódulos sólidos de cistos. Em situações específicas, especialmente quando há dúvidas nos exames anteriores, pode ser recomendada a ressonância magnética das mamas, que oferece uma visão mais detalhada dos tecidos.
Existe tratamento para mastalgia?
Na maioria dos casos, a dor melhora com orientações médicas e acompanhamento. Apenas uma minoria (cerca de 15%) precisa de tratamento medicamentoso, quando a dor afeta significativamente a vida da paciente. Podem ser indicados analgésicos, mudanças no uso de hormônios, ou medidas de suporte como uso de sutiãs confortáveis e compressas mornas ou frias.
Conclusão
A mastalgia é uma condição comum, geralmente benigna, mas que merece atenção. Ao perceber qualquer dor persistente ou alteração na mama, procure um mastologista. Em até 85% dos casos, apenas a avaliação e a explicação médica são suficientes para aliviar os sintomas — mostrando que informação e acolhimento são também formas de tratamento.
Referências:
Sociedade Brasileira de Mastologia
Mastalgia. StatPearls Publishing. National Library of Medicine (NCBI):

Andrei Alves de Queiroz
Mastologia
CRM 147.115 | RQE 54136
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