O câncer de ovário é uma das neoplasias ginecológicas mais desafiadoras, pois tende a ser silencioso nos estágios iniciais. No Brasil, ele ocupa o segundo lugar entre os tumores ginecológicos mais letais, atrás apenas do câncer de colo do útero. Por isso, o diagnóstico precoce e o acompanhamento especializado são fundamentais para aumentar as chances de tratamento eficaz e sobrevida da paciente.
O que é o Câncer de Ovário?
É um tumor maligno que se desenvolve nos ovários, órgãos responsáveis pela produção dos óvulos e de hormônios como estrogênio e progesterona. A forma mais comum é o carcinoma epitelial, que representa cerca de 95% dos casos. Na maioria das vezes, os sintomas iniciais são sutis, o que pode retardar o diagnóstico. Muitas pacientes só descobrem a doença em fases mais avançadas ,na maioria dos casos em EC III, quando já houve disseminação para outros órgãos da pelve ou abdômen.
Sintomas: Atenção aos Sinais
Os sinais e sintomas são, em geral, inespecíficos e podem ser confundidos com problemas gastrointestinais ou hormonais. Ainda assim, é importante investigar quando os seguintes sintomas são persistentes:
● Inchaço ou distensão abdominal frequente
● Dor pélvica ou abdominal
● Sensação de saciedade precoce
● Alterações nos hábitos urinários ou intestinais
● Perda de peso sem causa aparente
● Náuseas, indigestão ou desconforto abdominal crônico
Fatores de Risco
Alguns fatores aumentam a predisposição ao câncer de ovário, sendo os principais:
● Idade superior a 50 anos
● Histórico familiar de câncer de ovário ou mama
● Presença de mutações genéticas (BRCA1 e BRCA2)
● Nunca ter engravidado
● Menarca precoce e menopausa tardia
● Terapia de reposição hormonal prolongada
Mulheres com histórico familiar devem considerar a avaliação genética com um especialista.
Diagnóstico: Como é Feito?
Não existe um exame de rastreio eficaz para detectar o câncer de ovário em estágio inicial em mulheres assintomáticas. O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de métodos:
● Exame clínico ginecológico
● Ultrassonografia transvaginal
● Dosagem do marcador tumoral CA-125
● Tomografia ou ressonância magnética
● Biópsia cirúrgica (frequentemente por laparoscopia)
A confirmação do diagnóstico é feita por meio de análise laboratorial do tecido coletado.
Estadiamento e Classificação
O estadiamento segue os critérios da FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) e é essencial para definir o plano terapêutico. Ele varia de:
● Estágio I: tumor restrito aos ovários
● Estágio II: acometimento de órgãos pélvicos
● Estágio III: disseminação para o abdômen
● Estágio IV: metástase para locais distantes
Tratamento do Câncer de Ovário
O tratamento pode incluir uma ou mais das seguintes abordagens:
● Cirurgia oncológica: remoção dos ovários, útero, trompas e linfonodos afetados
● Quimioterapia: geralmente baseada em platina (carboplatina e paclitaxel)
● Terapia alvo: indicada para pacientes com mutações específicas
● Imunoterapia: utilizada em protocolos personalizados, principalmente em casos avançados
O acompanhamento multidisciplinar com ginecologistas oncológicos, oncologistas clínicos e psicólogos é fundamental para o sucesso do tratamento e para o bem-estar da paciente.
Câncer de ovário e Avaliação Oncogenética
Para todas as pacientes que fazem diagnóstico de Câncer de ovário, é recomendado uma avaliação de risco genético, já que se houver mutação no BRCA isso pode impactar na decisão do tratamento.
Fertilidade e Qualidade de Vida
Mulheres jovens com diagnóstico precoce podem, em alguns casos, preservar a fertilidade. Isso deve ser discutido com o especialista antes do início do tratamento, considerando procedimentos de preservação de óvulos ou ovários, quando viável.
Além do aspecto físico, o impacto emocional também deve ser acompanhado com atenção, incluindo apoio psicológico e reabilitação quando necessário.
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Referências
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
American Cancer Society – Ovarian Cancer
National Cancer Institute – Ovarian Cancer
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
Lacey JV, Sherman ME. Neoplasia ovariana. Em: Patologia do Trato Reprodutivo Feminino de Robboy, 2ª ed., Robboy SL, Mutter GL, Prat J, et al. (Orgs.), Churchill Livingstone Elsevier, Oxford 2009. p.601.

Fanny Cascelli
Oncologia Clínica
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