Esofagite eosinofílica: o que é, sintomas e tratamento

Name: COE - Oncologia e Doenças Autoimunes
Address: Rua Euclides da Cunha, 263 São José dos Campos, SP, 12243-580, Brazil
Telephone: (12) 3923-2499

Se você é um adulto, tem dificuldade para engolir ou até mesmo fica com a comida frequentemente presa no esôfago após a deglutição, pode ser que sofra de esofagite eosinofílica. Você sabe o que é essa doença?

Essa é uma doença crônica do sistema imunológico, que vem sendo considerada uma das principais causas de patologias no sistema digestivo não só em adultos, mas também em crianças.

Leia mais sobre esse assunto para conhecer mais sintomas, causas e como tratar esofagite eosinofílica.

O que é esofagite eosinofílica?

A esofagite eosinofílica é uma doença crônica, imunomediada e antigênica que ocorre quando glóbulos brancos, conhecidos como eosinófilo, se acumulam no esôfago, como uma forma de reação aos alimentos, refluxo ácido e alérgenos (substâncias capazes de causar alergias).

Devido à doença, o esôfago fica inflamado, não se contraindo adequadamente e podendo até estreitar (podendo causar dificuldade importante à passagem de água e alimentos).

Já foi considerada uma condição rara, porém, estudos, entre eles, um publicado no National Library of Medicine, demonstram que essa tem sido uma das condições mais diagnosticadas quando se estuda problemas de alimentação em crianças e adultos.

A prevalência alta da doença em adultos e crianças pode ser confirmada em exames de endoscopia digestiva alta, com a realização de biópsias do esôfago para comprovação da doença.

As causas para o desenvolvimento da doença podem ter alguns fatores de risco, como: componente genético, maior incidência no sexo masculino (embora também afete pacientes do sexo feminino), clima frio ou seco, ter alergias (especialmente as alimentares) ou doenças respiratórias crônicas, como asma.

Esofagite eosinofílica: sintomas

Quem tem a doença manifesta disfunções esofagianas e as manifestações vão variar com a idade. Se for adulto ou adolescente, apresenta sintomas como:

Disfagia (dificuldade de engolir);
Impactação (comida presa no esôgafo após deglutição);
Refluxo dos alimentos, azia;
Dor torácica.

Já na esofagite eosinofílica pediátrica , os sintomas podem ser:

Como diagnosticar a doença?

Se uma pessoa tem os sintomas acima ou já percebeu que suas crianças manifestam algum desses sintomas, é aconselhável buscar um médico para determinar o diagnóstico.

A doença exige tratamento específico porque pode levar a complicações como cicatrizes no esôfago, que podem comprometer sua função; estreitamento ou danos ao esôfago, dificultando a passagem dos alimentos. Alguns pacientes podem desenvolver anéis e abscessos na região.

Como os sintomas são semelhantes aos da doença do refluxo gastroesofágico, muitos pacientes são, primeiramente, tratados com medicações para esta doença digestiva, que podem não surtir efeito. Então, muitas vezes, os exames complementares serão indicados.

Em outros casos, muitos adolescentes podem ser diagnosticados erroneamente com transtornos alimentares.

Dessa forma, ao suspeitar da esofagite eosinofílica, após ouvir as queixas dos pacientes, o médico deverá solicitar o exame de endoscopia digestiva alta com a realização de biópsias do esôfago.

Somente com a realização das biópsias é que se pode chegar ao diagnóstico dessa doença, uma vez que o patologista (médico que faz a avaliação do material da biópsia) precisa realizar a contagem de eosinófilos presentes no esôfago do paciente.

Além disso, o médico deve indicar a realização de exames de sangue para verificar possíveis alergias.

Esofagite eosinofílica: tratamento

Quando o diagnóstico é preciso, o tratamento varia entre quatro opções. São elas:

A restrição de um ou mais grupos alimentares (quando há a comprovação da alergia alimentar). Uma dieta para esofagite eosinofílica pode prever a restrição ao consumo de leite, ovos, farinhas brancas, amendoim ou frutos do mar. Essa restrição nunca deve ser iniciada sem acompanhamento médico e de um nutricionista, especialmente em crianças;

Uso de esteroide tópico: esse medicamento irá ajudar a tratar a doença com baixa absorção pela corrente sanguínea, assim, evitando os efeitos colaterais que são típicos em quem ingere esteroides (corticoides);
Uso dos inibidores de bomba de próton: que são fármacos que fazem uma redução na liberação do ácido gástrico. Vários estudos já sugerem efeitos anti-inflamatórios potenciais no esôfago com esses inibidores da bomba de prótons, independentes de seus efeitos na secreção de ácido gástrico;
Anticorpos monoclonais (imunobiológicos): adultos e crianças a partir de 12 anos, com doença mais grave, tem indicação de uso do único imunobiológico aprovado, até o momento, para esta doença, o Dupilumabe.

Quando o paciente já está com um estreitamento grave do esôfago, o médico pode indicar uma dilatação gradual da região através de endoscopia. O médico poderá usar técnicas diferenciadas para corrigir a estenose, e permitir que o alargamento do esôfago seja realizado aos poucos, de forma a reduzir quaisquer riscos do procedimento.

Mas é sempre válido lembrar que um estilo de vida saudável também é importante para redução de sintomas como a azia, por exemplo, mantendo um peso adequado, evitar alimentos que provoquem esse sintoma, como bebidas alcoólicas, cafeína, alimentos gordurosos e fritos.

Procure o COE para o seu tratamento de esofagite

Essa doença pode não ser diagnosticada tão rapidamente, portanto, é importante buscar ajuda médica com quem tem experiência neste tipo de diagnóstico. O gastroenterologista clínico e o alergologista são as especialidades que cuidam em conjunto de pacientes com essa doença.

As doenças autoimunes atacam o próprio organismo, considerando as células saudáveis como inimigas. Como é uma doença crônica e imunomediada, a esofagite eosinofílica não tem cura, mas, com a investigação correta, diagnóstico precoce e tratamento certo, os sintomas dos pacientes podem ser minimizados.

O COE (Centro de Oncologia e Doenças Autoimunes) é especializado no diagnóstico e tratamento de doenças crônicas e autoimunes.

Com equipe especializada e atendimento humanizado, os pacientes são direcionados para o melhor tratamento, de acordo com o seu caso particular.

Além de um diagnóstico preciso, o COE também oferece o melhor suporte durante o tratamento de cada paciente, oferecendo um ambiente seguro e confortável para a infusão de imunobiológicos.