O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, afeta o intestino grosso e o reto, e é causado pela multiplicação desordenada das células nesta região. É uma das neoplasias mais comuns em todo o mundo, sendo responsável por cerca de 10% de todas as mortes por câncer.
Segundo informações do AC Camargo Cancer Center, 1 a cada 20 pessoas será acometida pela doença ao longo da vida. As estatísticas do Instituto Nacional do Câncer também revelam que esse tipo de tumor só fica atrás, em termos de prevalência, do câncer de pele, próstata e mama.
O tratamento pode ser bastante complexo, exigindo a integração de uma equipe multidisciplinar para oferecer melhores resultados e chances de cura, especialmente quando a doença é diagnosticada em seus estágios iniciais.
Se você quer mais esclarecimentos sobre câncer de intestino, seus sintomas, causas, diagnóstico e tratamento, leia esse texto até o final.
O que é e o que causa câncer de intestino?
É um tumor maligno que se desenvolve no intestino, quando as células saudáveis do cólon (intestino grosso) e reto começam a sofrer mutações. A doença tem início com pequenos pólipos (aglomerados de células) no revestimento do cólon, que são benignos nos estágios iniciais, mas com o tempo podem sofrer uma transformação maligna, tornando-se câncer.
Essa transformação de um pólipo benigno em uma lesão maligna pode levar cerca de 10 anos para ocorrer. Portanto, removê-los ainda na fase benigna, é bastante efetivo para evitar o surgimento do câncer.
A identificação e remoção desses pólipos é feita através de um exame chamado colonoscopia, que consiste na passagem de um aparelho com uma câmera na sua extremidade através do reto, percorrendo todo o cólon.
Além disso, o câncer de intestino é uma doença que atinge mais pessoas do gênero masculino e da etnia negra. Sabe-se que o envelhecimento do intestino, com maior tempo de exposição a fatores de risco já citados, aumenta as chances de desenvolvimento deste câncer.
No entanto, nos últimos anos, vemos um crescimento na incidência (surgimento de novos casos) desta neoplasia em pessoas mais jovens, entre 20 e 49 anos. Acredita-se que um estilo de vida com alto consumo de alimentos ultraprocessados, sedentarismo e sobrepeso venham a contribuir para esse aumento no número de casos antes dos 50 anos.
Tipos de câncer de intestino
- Adenocarcinoma: é o tipo mais comum de câncer de intestino e começa nas células que revestem a parede interna do cólon ou do reto;
- Tumor neuroendócrino: é um tumor raro, que começa nas células que produzem hormônios no intestino;
- Tumor estromal gastrointestinal (GIST): câncer que começa nas células musculares do intestino, mais comum no intestino delgado;
- Linfoma: menos comum, começa em estruturas que fazem parte do sistema imunológico, chamados linfonodos.
Quais sintomas de câncer no intestino?
Os sinais e sintomas do câncer de intestino podem variar, dependendo do estágio da doença. Nas fases iniciais, geralmente, não causa sintomas.
Conforme o câncer avança, podem ocorrer sintomas como dor abdominal, diarreia, prisão de ventre, sangue nas fezes, fadiga, perda de peso inexplicável. Portanto, é essencial ficar atento a mudanças drásticas em hábitos intestinais.
Distensão abdominal e sensação de esvaziamento incompleto das fezes também podem ser indicativos deste câncer.
Como diagnosticar o câncer de intestino?
A detecção precoce é fundamental para o tratamento bem sucedido. O exame de escolha para diagnóstico é a colonoscopia, já citada anteriormente.
Através deste exame, é possível identificar e retirar lesões suspeitas ou pólipos ao longo de todo o intestino grosso.
Uma vez obtidas amostras da lesão ou pólipo por meio de biópsia, é realizada a análise do material pelo médico patologista (médico responsável pela leitura das células existentes no material da biópsia).
Se o diagnóstico de câncer for confirmado, o paciente deve procurar um médico oncologista para que, em conjunto com um cirurgião oncológico, seja decidido o melhor tratamento para aquela fase da doença. Exames complementares, como tomografias de tórax, abdome e pelve, devem ser solicitados para que o oncologista entenda a extensão da doença.
Outro ponto importante, especialmente quando o diagnóstico é realizado em pacientes mais jovens, é a realização de uma avaliação oncogenética. E não é só o paciente que deve passar por essa avaliação. Familiares de primeiro grau, como pais e irmãos, podem necessitar de uma consulta com médico especialista em oncogenética.
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Existe rastreio para este tipo de câncer?
Sim. O rastreamento para o câncer colorretal (intestino) deve ser realizado por toda a população.
Idealmente, com a realização da colonoscopia já a partir dos 45 anos.
E com qual periodicidade devemos repetir este exame?
Deve-se continuar o rastreamento, após a realização da primeira colonoscopia a cada 5 a 10 anos, se a última colonoscopia tiver sido normal, sem fatores de risco adicionais.
Se houve a retirada de pólipos em colonoscopia prévia, se paciente com síndrome hereditária que aumenta o risco para este câncer ou se é portador de doença inflamatória intestinal, o intervalo para repetir este exame é menor, variando de caso a caso.
Existem outras formas aceitáveis de rastreamento para o câncer colorretal, mas a colonoscopia continua sendo o exame de escolha, uma vez que além de realizar o diagnóstico definitivo por meio da realização da biópsia, o exame é capaz de retirar lesões benignas que teriam maior chance de transformação maligna no futuro.
A realização da pesquisa de sangue oculto nas fezes é uma opção para pacientes com baixo acesso ao exame de colonoscopia (pesquisa de anticorpo anti- hemoglobina humana nas fezes). Esse exame tem mais valor quando seu resultado é negativo.
Uma outra opção, especialmente para pacientes com alguma contraindicação à realização de exame sob sedação, é a colonoscopia virtual. O exame é feito por tomografia computadorizada e necessita de preparo intestinal (com uso de laxantes). Este exame não realiza biópsias ou retirada de pólipos intestinais.
Importância da equipe multidisciplinar no tratamento
O tratamento para o câncer de intestino depende do estágio do câncer, da localização do tumor e da saúde geral do paciente.
Além disso, o tratamento desse tipo de câncer é complexo e deve envolver vários especialistas, como o oncologista clínico, o cirurgião oncológico, radioterapeuta, equipe de cuidados paliativos, nutricionista, psicólogo, enfermeiro e farmacêutico. Assim, uma equipe multidisciplinar é essencial para garantir que o paciente receba o tratamento mais adequado e eficaz possível.
Tratamentos para a doença
O tratamento do câncer de intestino pode envolver uma combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia, terapia alvo ou imunoterapia, dependendo do estágio do câncer e do estado de saúde do paciente.
Na doença inicial, a cirurgia é o passo principal do tratamento e tem como objetivo a remoção do tumor e de linfonodos.
A partir do resultado da cirurgia, o oncologista irá avaliar a necessidade de quimioterapia adjuvante (complementar). No caso do câncer de reto, a discussão entre o oncologista clínico, cirurgião e radioterapeuta é mandatória, pois o tratamento inicial pode ser cirúrgico ou pode envolver a combinação de quimio e radioterapia.
O tratamento para doença avançada é a quimioterapia associada ou não às terapias-alvo (conforme avaliação molecular do tumor).
Mais recentemente, o uso da imunoterapia tem mostrado benefício em uma parcela pequena de pacientes.
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Procure o COE para seus exames preventivos e tratamento
Pessoas que estão com algum sinal do câncer de intestino devem procurar um especialista o quanto antes para favorecer um diagnóstico precoce da doença.
No COE Oncologia e Doenças Autoimunes, temos um serviço de Oncologia Preventiva que realiza avaliação de risco detalhada, com vigilância especializada e solicitação de exames complementares específicos para avaliação do câncer colorretal.
Para tumores do trato gastrointestinal, contamos com uma equipe multiespecializada nas áreas de: clínica médica com foco em Atenção Primária, Gastroenterologia, Coloproctologia, Cirurgia Oncológica, Oncologia Clínica, Oncogenética, Cuidados Paliativos e Medicina Integrativa.
Para todos os outros tipos de câncer, o COE também conta com equipe especializada, que auxilia na investigação de sintomas, avalia fatores de risco (genéticos e não genéticos), realiza diagnóstico preciso e tratamento, com o melhor suporte ao paciente e sua família.
O COE é um Centro de Oncologia e Doenças Autoimunes que oferece um avançado e humanizado padrão de atendimento, pensado em todos os detalhes para oferecer aos pacientes e familiares uma experiência de qualidade em um momento delicado de suas vidas.
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