“Tenho nódulo no pulmão e agora? Sou fumante, preciso fazer algum tipo de rastreio especial para câncer de pulmão?” Essas são algumas perguntas que podem surgir entre os pacientes, e é muito prudente que pessoas que têm isso em mente procurem ajuda especializada o quanto antes.
O câncer de pulmão é uma doença em que células anormais começam a se multiplicar descontroladamente, formando nódulos ou uma massa pulmonar. Isso pode interferir na funcionalidade dos pulmões e se disseminar para outras partes do corpo, o que chamamos de metástases.
Vale ressaltar que nem todo nódulo pulmonar é maligno, mas é sempre importante que ele seja acompanhado por um profissional especializado, o qual vai guiar a sua investigação, por meio de acompanhamento com exames de imagem (como a tomografia) ou com a biópsia da lesão.
Esse é o segundo câncer mais comum entre homens e mulheres, especialmente acima de 65 anos, sendo também o que mais mata em todo o mundo. Só em 2020, 1,8 milhão de pessoas morreram devido a essa doença.
Então, quando uma pessoa está com sintomas que possam indicar essa neoplasia ou está dentro de um grupo de risco, a recomendação é que se busque um diagnóstico preciso e precoce, o que aumenta as chances de cura.
Veja neste texto os sintomas de câncer de pulmão, como diagnosticar e tratar.
Câncer de pulmão: quando fazer exames de rastreio?
Se você tem entre 50 e 80 anos, é fumante atualmente ou parou de fumar nos últimos 20 anos, você já tem indicação de ser avaliado por um médico para procurar ativamente o câncer de pulmão. Para isso, consideramos pessoas que têm uma carga tabágica (consumo médio de cigarros) de 20 maços/ano, ou seja, que fumaram 1 maço por dia durante pelo menos 20 anos ou pelo menos 2 maços por dia por 10 anos, por exemplo.
Procurar ativamente o câncer é o que os médicos chamam de rastreamento. O principal objetivo é descobrir a neoplasia em seu estágio inicial, o que aumenta consideravelmente as possibilidades de cura.
Em muitos casos, como falamos acima, um nódulo pulmonar não vai representar necessariamente câncer. Ele pode estar relacionado, por exemplo, a tecidos cicatriciais de infecções anteriores. Mesmo assim, todo nódulo merece uma investigação mais cuidadosa, de modo que o rastreio é muito importante, para que o diagnóstico seja preciso.
E como funciona o rastreio? O paciente, considerado de risco para câncer de pulmão de acordo com os critérios acima (idade, tabagismo) vai realizar periodicamente um exame de imagem, como a tomografia de tórax, mesmo sendo assintomático (sem sintomas), com o intuito de descobrir alguma alteração suspeita em fases mais iniciais.
Vale ressaltar, ainda, que o câncer de pulmão pode ocorrer em pessoas que nunca fumaram na vida, ou que fumaram pouco. Assim, o tabagismo é um dos fatores de risco, mas não é o único.
O que causa câncer de pulmão?
A causa mais comum para o desenvolvimento da doença é o tabagismo, em virtude dos compostos cancerígenos presentes no tabaco e que podem causar danos ao DNA das células pulmonares. Ele aumenta em 20 vezes o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer, e é responsável por cerca de 80% dos casos.
Embora ainda necessitemos de mais estudos para uma resposta definitiva em relação ao risco de câncer de pulmão associado ao cigarro eletrônico ou vape, sabemos que esses dispositivos contém substâncias sabidamente cancerígenas e podem estar relacionados a inflamações importantes no pulmão, de modo que há grande motivo para preocupação com o seu uso.
Cerca de 20% dos casos de câncer de pulmão podem ocorrer em pessoas que nunca fumaram. Outros possíveis fatores de risco são:
- Exposição passiva ao tabaco;
- Poluição do ar;
- Idade avançada;
- Doenças pulmonares benignas e inflamação crônica, como tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC / enfisema pulmonar), fibrose pulmonar;
- História familiar de câncer de pulmão e hereditariedade;
- Suplementação com betacaroteno em altas doses;
- Exposição prolongada a vapor de queima de carvão para cozimento domiciliar;
- Exposição a substâncias como amianto, arsênio, cádmio, níquel, radônio (gás radioativo), fumaça de diesel e fuligem;
- Exposição prévia à radiação no peito para tratamento de um câncer anterior (por exemplo, para câncer de mama ou linfoma).
Câncer de pulmão: sintomas e sinais que podem alertar
No estágio inicial, o paciente pode ser assintomático, porém, à medida que a condição da doença avança, os sinais e sintomas atrelados à doença começam a surgir.
Tipos de câncer de pulmão
São subdivididos em de tumor de pequenas células (quase sempre associados ao cigarro) e de não-pequenas células (que são os mais comuns, equivalem a 80% dos casos).
Dentre os de não-pequenas células, podemos ainda subdividir em:
- Adenocarcinoma: representa aproximadamente 40% dos cânceres de pulmão e aparece mais na periferia do pulmão (parte mais externa). Mais comum em fumantes e ex-fumantes, mas também é o subtipo mais comum em não fumantes;
- Carcinoma de células escamosas: em geral, surge em regiões mais centrais dos pulmões, próximo aos brônquios. É um subtipo comum em pacientes fumantes;
- Carcinoma indiferenciado de grandes células: podem aparecer em qualquer região do pulmão e possuem um padrão de crescimento rápido.
Como é feito o rastreamento para câncer de pulmão?
O principal exame para o rastreamento do câncer de pulmão é a tomografia computadorizada de baixa dose de radiação (TCBD).
Esse exame deve ser realizado anualmente na população de risco, citada acima. Por isso, é importante passar em uma consulta anual com um especialista, para que se inicie um acompanhamento adequado.
- Raio-X de tórax;
- Tomografia computadorizada do tórax;
- Citologia de escarro;
- PET scan;
- Prova de função pulmonar;
- Exames de sangue;
- Análise das células do nódulo ou massa no pulmão (anatomopatológico) por meio de uma biópsia. Essas células podem ser extraídas por abordagens diversas:
- Broncoscopia: é a mais utilizada para diagnosticar os cânceres que estão localizados nas regiões mais centrais do tórax;
- Biópsia percutânea dirigida por tomografia computadorizada: o médico insere uma agulha fina no nódulo a ser investigado após anestesiar o local da inserção da mesma. Atualmente, é um dos exames mais realizados para o diagnóstico do câncer de pulmão;·
- Biópsia pulmonar cirúrgica: é realizada quando houve a tentativa de biópsia pelos métodos acima citados, mas sem sucesso na obtenção de material adequado para dar um diagnóstico definitivo. É um exame invasivo, realizado por toracotomia (abertura de pequeno buraco no tórax).
O exame anatomopatológico é essencial para a confirmação do diagnóstico de câncer de pulmão.
Tratamento do câncer de pulmão
O estadiamento do câncer de pulmão é extremamente importante para a escolha do tratamento e leva 3 informações em consideração: tamanho do tumor, número e localização dos gânglios acometidos (linfonodos) e presença ou ausência de metástases.
Essas informações são obtidas por meio de alguns exames, como tomografias, cintilografia óssea ou PET-CT e ressonância magnética de crânio, e, a partir delas, o câncer de pulmão recebe uma classificação que varia de I a IV, sendo I para tumores mais iniciais, e IV, tumores com evidência de metástases em outros órgãos.
Além do estadiamento, o tratamento para câncer de pulmão vai depender também do seu subtipo e da presença ou não de algumas mutações específicas. Pode incluir uma ou mais dentre as seguintes modalidades: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia-alvo, imunoterapia e cuidados paliativos.
É muito importante que o paciente com o diagnóstico de câncer de pulmão seja avaliado de forma conjunta pelo pneumologista, pelo cirurgião torácico e pelo oncologista para que tomem a decisão do melhor tratamento juntos, de acordo com cada caso.
Cirurgia
É indicada quando a doença está confinada ao pulmão. É removida a área atingida pelo câncer e um pouco do tecido saudável, mas, a depender do estadio clínico do tumor, pode ser retirado o pulmão inteiro.
Essa decisão é tomada em conjunto com o cirurgião torácico, o oncologista clínico e o pneumologista, levando em consideração tanto as características do tumor e sua chance de voltar (recidiva) quanto a capacidade pulmonar do paciente para aguentar a cirurgia proposta.
Remoção por radiofrequência
Para pacientes com tumores iniciais, porém, sem condições de realização da cirurgia (por outros problemas de saúde, por exemplo), a ablação por radiofrequência (RFA) pode ser uma opção para o tratamento local do nódulo pulmonar.
A RFA usa ondas de rádio de alta energia para aquecer e destruir as células cancerígenas.
Radioterapia
A radioterapia emite energia de alta potência para matar as células cancerígenas.
Quando o câncer de pulmão está avançado localmente, a cirurgia não é realizada. Nesses casos, a radioterapia passa a ser a escolha para tratamento definitivo, quando realizada simultaneamente à quimioterapia (quimiorradioterapia).
Para pacientes que tenham outros problemas de saúde e não consigam realizar cirurgia, mesmo para tumores iniciais, ou não tenham condições de receber quimioterapia, a radioterapia pode ser aplicada de forma isolada.
Ela também pode ser utilizada como forma de melhorar os sintomas como a dor relacionada às metástases nos ossos, quando o câncer está avançado.
Quimioterapia
A quimioterapia utiliza medicamentos que agem no DNA das células do câncer para matá-las. Em geral, pode ser administrada por via oral (comprimidos ou cápsulas) ou intravenosa.
A quimioterapia pode ser usada em diversas situações para o câncer de pulmão, a depender do estadiamento (mais inicial ou mais avançado): antes ou após a cirurgia, junto à radioterapia, ou em associação à imunoterapia ou terapias-alvo.
Terapia-alvo
São medicamentos direcionados para anormalidades ou mutações específicas presentes nas células do câncer, as quais são responsáveis pelo seu crescimento rápido.
As terapias-alvo bloqueiam essas mutações, o que acaba por limitar o crescimento dessas células tumorais ou por destruí-las, controlando o câncer.
Imunoterapia
Essa abordagem terapêutica utiliza o próprio sistema imunológico do paciente para combater a doença, com a prescrição de medicamentos específicos para ativar uma ou mais vias do sistema imune.
É uma das abordagens mais novas para tratamento oncológico. Pode ser utilizada tanto para pessoas que estão com câncer mais inicial (antes ou depois da cirurgia), localmente avançado (após a quimiorradioterapia) ou com câncer metastático (de forma isolada ou junto com a quimioterapia).
Cuidados paliativos
Está indicado para todos os pacientes com câncer de pulmão avançado, ou seja, quando não há mais a possibilidade de cura. Nesses casos, ela passa a ser uma doença crônica, com necessidade de cuidado contínuo.
Proporciona alívio e controle de sintomas para oferecer qualidade de vida ao paciente.
Como prevenir o câncer de pulmão?
As principais iniciativas para evitar a doença são:
- Não fumar;
- Evitar o tabagismo passivo;
- Evitar a exposição a agentes químicos presentes em alguns ambientes de trabalho com equipamentos de segurança adequados;
- Evitar poluição;
- Dieta adequada e atividade física ajudam a manter a saúde de forma global;
- Prevenção secundária: procurar o médico e iniciar o rastreio para diagnosticar precocemente o câncer de pulmão.
Procure o COE para seus exames preventivos e tratamento
O diagnóstico e tratamento precoce levam a melhores perspectivas para alívio de sintomas ou até cura do câncer do pulmão.
Para todos os tipos de neoplasias, o COE tem equipe especializada, que auxilia na investigação de sintomas, avaliação de fatores de risco (genéticos e não genéticos), diagnóstico preciso, tratamento e o melhor suporte ao paciente e sua família.
O COE é um Centro de Oncologia e Doenças Autoimunes, que oferece um avançado e humanizado padrão de atendimento, pensado em todos os detalhes para oferecer aos pacientes e familiares uma experiência de qualidade em um momento delicado de suas vidas.
COE Oncologia e Doenças Autoimunes
Fale conosco pelo telefone/WhatsApp (12) 3923-2499
Locais de atendimento
São José dos Campos
Rua Euclides da Cunha, 263 – Vila Ema | SP
Jacareí
R. Prof. Job Aíres Dias, 76 – Centro, Jacareí | SP
Taubaté
Rua Mal. Artur da Costa e Silva, 559 – Hospital ValeParaibano- 2° andar – Centro Taubaté | SP
Caçapava
Rua Desembargador Alípio Bastos, 75 Caçapava | SP