O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Apesar dos avanços nos tratamentos e diagnósticos, muitas dúvidas ainda cercam o tema. Por isso, reunimos aqui respostas diretas e baseadas em evidências para esclarecer as principais perguntas que surgem quando o assunto é prevenção, rastreamento e sintomas.
Como sei se tenho câncer de mama?
O câncer de mama não causa sintomas para a maioria dos pacientes nas fases iniciais. Por isso, a detecção precoce é fundamental. Alguns sinais de alerta incluem:
Nódulo (caroço) na mama ou axila
Mudança no tamanho ou formato das mamas
Alterações na pele da mama (vermelhidão, aspecto de casca de laranja)
Secreção anormal pelo mamilo
Inversão do mamilo ou dor persistente
A recomendação é fazer autoexames regulares, exames clínicos com profissionais de saúde e mamografias conforme a faixa etária e o histórico pessoal.
Toda dor na mama é câncer?
Não. A dor mamária (mastalgia) é comum e geralmente tem causas benignas, como alterações hormonais, cistos ou inflamações. Porém, dor persistente deve ser avaliada por um mastologista.
Quando devo começar a fazer a mamografia?
As principais sociedades médicas — como a SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) — e os mais robustos estudos clínicos¹ recomendam iniciar aos 40 anos. Se houver histórico familiar de câncer, o rastreamento pode começar ainda mais cedo.
1- US Preventive Services Task Force; Wanda K Nicholson, et al. Screening for Breast Cancer: US Preventive Services Task Force Recommendation Statement. JAMA. 2024 Jun 11;331(22):1918-1930.
Se ninguém da minha família teve, eu posso ter câncer de mama?
Sim. A maioria dos casos ocorre em mulheres sem histórico familiar. Embora o fator hereditário aumente o risco, ele não é o único envolvido. Por isso, toda mulher deve estar atenta à prevenção e ao rastreamento.
Todo caroço na mama é câncer?
Não. A maior parte dos nódulos é benigna. Porém, todo caroço novo, fixo ou que não desaparece após o ciclo menstrual deve ser avaliado por um mastologista. Exames como ultrassonografia e mamografia ajudam a definir a natureza do nódulo.
O que pode aumentar o risco de ter câncer de mama?
Diversos fatores aumentam o risco, entre eles:
Genéticos e reprodutivos:
Menarca precoce (antes dos 12 anos)
Menopausa tardia (após os 55)
Primeira gravidez após os 30 anos
Não ter tido filhos
Histórico familiar
Mutação genética (por exemplo, BRCA1, BRCA2)
Comportamentais e ambientais:
Obesidade (especialmente após a menopausa)
Consumo de álcool
Sedentarismo
Exposição prolongada ao estrogênio (contraceptivos ou terapia hormonal).
O câncer de mama dá sintomas no começo?
Na maioria dos casos, não. Daí a importância da mamografia e dos exames regulares, já que os sintomas só costumam surgir quando a doença está em estágios mais avançados.
Homem também pode ter câncer de mama?
Sim, embora seja raro (representa cerca de 1% dos casos), homens também podem desenvolver câncer de mama. Os sinais de alerta são semelhantes: nódulo na região peitoral, retração do mamilo ou secreção.
A mamografia dói?
A compressão da mama durante o exame pode causar desconforto, mas costuma ser tolerável para a maioria das pacientes. O desconforto pode ser reduzido se o exame for feito fora do período menstrual, quando as mamas estão menos sensíveis.
O câncer de mama tem cura?
Sim. Quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem altas chances de cura. O tratamento pode incluir cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal e/ou imunoterapia — a depender do tipo e estágio da doença.
Conclusão
A melhor arma contra o câncer de mama é a informação. Prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce salva vidas. Fale com seu médico, faça seus exames de rotina e incentive outras mulheres a fazerem o mesmo.
Referências:

Fabiano Costa
Oncologia Clínica CRM 172.174 / RQE 56.486
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