O HPV (Papilomavírus Humano) é uma infecção sexualmente transmissível comum, mas que ainda suscita muitas dúvidas a seu respeito.
A maioria das pessoas sexualmente ativas entrará em contato com o vírus em algum momento da vida. Embora, na maior parte dos casos, o organismo possa eliminar o vírus naturalmente, alguns subtipos de HPV podem evoluir para lesões precursoras do câncer, e, nos casos em que haja persistência, podem evoluir para câncer.
Por isso, a informação, a prevenção e a vacinação são as principais armas contra o HPV
O que é o HPV?
O HPV é um grupo de vírus com mais de 200 tipos diferentes. Destes, cerca de 40 podem infectar a região genital. São divididos em:
HPV de baixo risco: associados a verrugas genitais (condilomas);
HPV de alto risco: relacionados a lesões pré-cancerígenas e cânceres do colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe.
A infecção é transmitida principalmente por contato sexual, incluindo sexo oral, vaginal e anal. O uso do preservativo reduz o risco, mas não elimina totalmente, já que o vírus pode estar presente na pele da região genital não coberta pela camisinha.
Vacinação contra HPV: a forma mais eficaz de prevenção
A vacina contra o HPV é segura, eficaz e uma das formas mais potentes de prevenir infecções pelos tipos mais perigosos do vírus. Ela protege contra os subtipos 16 e 18 (os principais causadores de câncer de colo do útero), além de outros subtipos de alto e baixo risco.
Quem deve tomar a vacina?
Meninas e meninos
9 a 14 anos
2 doses (0 e 6 meses)
Pessoas imunossuprimidas
9 a 45 anos
3 doses
Adultos (não imunossuprimidos)
15 a 45 anos (com prescrição médica)
3 doses
Importante: a vacinação tem maior eficácia antes do início da vida sexual, mas adultos também podem se beneficiar, especialmente se ainda não tiverem sido expostos a todos os subtipos do vírus.
Prevenção além da vacina
Além da vacinação, outras medidas são importantes para reduzir o risco de infecção e complicações:
Uso de preservativo em todas as relações sexuais;
Exames ginecológicos regulares como: Papanicolau, captura e/ou genotipagem para HPV, para rastreamento de lesões precursoras do câncer de colo do útero;
Evitar o tabagismo, que é um fator de risco que diminui a resposta imunológica ao HPV
Fortalecimento da imunidade, por meio de alimentação saudável, sono e acompanhamento de doenças crônicas.
HPV e os cânceres ginecológicos
Os principais cânceres associados ao HPV na saúde ginecológica são:
Câncer de colo do útero: o mais frequente, responsável por milhares de mortes evitáveis todos os anos. É o foco principal dos programas de rastreamento dentro da saúde da mulher
Câncer de vulva: mais raro, mas com associação com tipos de HPV de alto risco. Geralmente se manifesta com lesões locais ou coceira persistente na região.
Câncer de vagina: também menos comum, porém relacionado ao HPV em cerca de 70% dos casos, especialmente em mulheres mais velhas.
Todos esses cânceres são passíveis de prevenção desde que os passos assinalados como vacinação e acompanhamento médico regular sejam realizados.
Conclusão
O HPV é comum, mas o câncer não precisa ser. A vacinação precoce, o uso do preservativo e os exames preventivos são estratégias comprovadas que salvam vidas. Se você tem filhos entre 9 e 14 anos, vaciná-los é um ato de amor e de saúde pública. E se você é adulto, converse com seu médico sobre a possibilidade de vacinação e de acompanhamento adequado.
No COE, temos especialistas em ginecologia, mastologia, imunologia e oncologia prontos para orientar cada etapa da prevenção, do rastreamento e, se necessário, do tratamento.
Referência
Instituto Nacional de Câncer (INCA):https://www.inca.gov.br
Ministério da Saúde – HPV:https://www.gov.br/saude
CDC – Centers for Disease Control and Prevention:https://www.cdc.gov/hpv
Organização Mundial da Saúde (OMS):https://www.who.int
EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos https://eva.org.br/setembro-em-flor-2025

Guilherme Bicudo Barbosa
Ginecologia Oncológica CRM 128923 / RQE 0134/2012
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