O que é?
É uma doença inflamatória intestinal, que acomete a mucosa do intestino grosso (cólon) e o reto, e pode afetar diferentes extensões do intestino, recebendo nomenclaturas diferentes de acordo com a área atingida (proctite ulcerativa, proctossigmoidite ou colite do lado esquerdo e a pancolite).
A causa da retocolite ulcerativa ainda não foi bem definida, mas sabemos que na doença em atividade temos uma desregulação de uma ou mais vias do sistema imunológico.
Caso não seja tratada, pode evoluir para um câncer intestinal, especialmente a partir do 8º ano de doença.
Sinais e sintomas
Os sintomas mais comuns são:
À semelhança da Doença de Crohn, que é um outro tipo de doença inflamatório intestinal, a retocolite pode se apresentar como diarreia crônica, habitualmente com sangramento nas evacuações (hematoquezia).
- Diarreia (com ou sem sangue);
- Cólica abdominal;
- Fadiga;
- Perda de peso;
- Febre;
- Perda de apetite;
- Dores articulares (nas juntas).
Diagnóstico
O diagnóstico é dado juntando uma série de informações como num quebra-cabeças, onde o médico especialista precisa avaliar sinais e sintomas, avaliar exames laboratoriais como a proteína C reativa e a dosagem de uma proteína nas fezes chamada de calprotectina fecal e o exame de colonoscopia com o resultado das biopsias realizadas nas áreas doentes do intestino (anatomopatológico). Uma vez estabelecido o diagnóstico, descartando outras doenças que possam se assemelhar em termos de sintomas à Retocolite Ulcerativa, como a exemplo da tuberculose intestinal, linfoma intestinal e mesma a doença de Crohn, o médico especialista precisa classificar a extensão da doença (quais áreas do intestino grosso ela atinge) e gravidade da doença naquele momento (se em atividade leve, moderada ou grave da doença) para que possa propor uma linha de tratamento.
Tratamento
A retocolite ulcerativa tem cura difícil, mas é possível um tratamento para controle dos sintomas, especialmente com medicamentos que tem por objetivo diminuir a inflamação intestinal, seja por ação local no intestino, seja agindo em alguma via ou algumas vias desreguladas do sistema imune.
Em casos moderados a graves, normalmente o tratamento consiste no uso de medicamentos imunossupressores (como a exemplo da Azatioprina), associados ou não aos imunobiológicos (a maioria dos imunobiológicos atuais não precisa ser associado ao uso de imunossupressores). Em casos mais graves, quando há falha do tratamento medicamentoso, pode ser realizada uma intervenção cirúrgica com a retirada de parte ou de todo o intestino grosso.
O uso de corticoides, como a exemplo da prednisona, fica restrito para fases de surto da doença, onde o médico precisa controlar mais rapidamente os sintomas, em períodos curtos. Não se recomenda mais o uso crônico de corticoide para controle da retocolite ulcerativa, especialmente pelos efeitos deletérios advindos do uso prolongado dessa classe de medicamentos em outras partes do corpo.